segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tirando o “eu” diante dos seus olhos

Por Max Lucado

"Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2:3-4)

O amor constrói relacionamentos; o egoísmo os destrói. Não é de se admirar que Paulo seja tão enfático em seu apelo: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade”.

Mas nós não nascemos egoístas? E se nascemos, o que podemos fazer quanto a isso? Podemos tirar nossos olhos do nosso “eu”? Ou, melhor dizendo, podemos tirar o nosso pequeno “eu” de diante dos nossos olhos?

De acordo com as Escrituras, podemos.

“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.” (Filipenses 2:1-2)

O sarcasmo de Paulo é ligeiramente velado. Há alguma motivação? Alguma consolação? Alguma comunhão? Então sorria!

Qual é a cura para o egoísmo?

Tire o seu “eu” de diante dos seus olhos tirando os seus olhos do seu “eu”. Pare de ficar contemplando esse pequeno “eu” e foque no seu grande Salvador.

Não foque em você mesmo; foque em tudo o que você tem em Cristo. Foque na motivação em Cristo, na consolação de Cristo, no amor de Cristo, na comunhão do Espírito, no aconchego e compaixão do Paraíso.

Se Cristo se tornar o nosso foco, nós não seremos como um certo médico do Arcansas. Ele diagnosticou uma paciente erroneamente e a declarou como morta. A família foi informada e o marido ficou extremamente pesaroso. Imagine a surpresa da enfermeira quando ela descobriu que a paciente estava viva! “É melhor você contar à família”, avisou ao médico.

O embaraçado médico ligou para o marido dela e disse: “Preciso falar com você sobre a situação da sua esposa”.

A situação da minha esposa?”, ele perguntou. “Ela está morta!”.

O orgulho do médico permitiu apenas que ele dissesse: “Bem, ela teve uma ligeira melhora”.

Ligeira melhora? Isso que eu chamo de atenuar as coisas! Lázaro está caminhando para fora do túmulo e ele chama isso de “ligeira melhora”?

Ele estava tão preocupado com a sua imagem que perdeu a oportunidade de celebrar. Podemos rir, mas não fazemos o mesmo? Nós viemos do crematório para a celebração. Merecíamos um banho de lava, mas ganhamos uma piscina cheia da graça de Deus.

No entanto, ao olhar para as nossas faces você diria que tivemos apenas uma “ligeira melhora”. “Como está a vida?”, alguém pergunta. E alguém que foi ressurreto da morte diz: “Bem, as coisas poderiam estar melhores”. Ou “Não consegui vaga no estacionamento”. Ou “Meus pais não me deixam mudar para o Havaí”. Ou “As pessoas não me deixam sozinho para que eu possa terminar o meu sermão sobre egoísmo”.

Honestamente, nós nos preocupamos com coisas insignificantes. Você não acha que Paulo está falando conosco? Você está tão focado naquilo que não tem que está cego para aquilo que tem? Você recebeu alguma motivação? Alguma comunhão? Alguma consolação? Se sim, você não tem motivos para se alegrar?

Venha. Venha sedento. Beba um grande gole da bondade de Deus.

Você tem uma passagem para o céu que nenhum ladrão pode roubar,
um lar eterno que nenhum divórcio pode destruir.

Todo pecado da sua vida foi lançado ao mar.
Todo erro que você cometeu está pregado na cruz.

Você foi comprado pelo sangue e feito cidadão dos céus.
Um filho de Deus – salvo para sempre.

Então seja grato, alegre-se – afinal, isso tudo não é a mais pura verdade?
O que você não tem é muito menor do que o que você tem.

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