sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Religiosos, mas (ou logo) distantes do Pai

"O Senhor diz: 'Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens. Por isso uma vez mais deixarei atônito esse povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá, a inteligência dos inteligentes se desvanecerá'”. (Isaías 29:13 e 14)

Esse texto foi escrito por volta do ano 700 AC. Simplesmente por isso, já seria de se admirar o quanto a Palavra de Deus é sempre atual, não importa quanto tempo passe! Há três coisas mencionadas nesses versículos que eu gostaria de comentar:

  1. Religiosidade: O Senhor diz que o povo está oferecendo uma adoração falsa, apenas da boca pra fora. É algo apenas para cumprir tabela, talvez para provar algo para os outros, para mostrar uma imagem de si que não condiz com o seu interior. Será que muitas vezes não somos assim? Será que, por vezes, não vamos à igreja para cumprir tabela, não cantamos apenas pra mostrar que está tudo bem, etc? A religiosidade oferece uma receita de bolo para "servir" a Deus, mas é incapaz de proporcionar uma vida de intimidade com Ele.
  2. Regras humanas: Em seguida, Ele diz que o povo oferece uma "adoração" que é feita apenas por regras humanas. Não é assim que muitos de nós somos levados a viver? Quantas das supostas "regras" da igreja tem real fundamento bíblico? E não vamos falar apenas de regras de conduta ("pode e não pode"), mas também "regras" de adoração, liturgia, estudo da Palavra, etc. Ora, se a nossa adoração é dirigida a Deus, não deveríamos procurar saber o que Ele espera, ao invés do que os homens determinam? 
  3. O fim da sabedoria humana: Por último, o Senhor diz que a sabedoria e a inteligência humana vão, ambas, pro brejo. Pode-se aqui cogitar muitas interpretações, fazer uma profunda exegese, mas... sejamos simples! Em I Coríntios 3:10-15 o apóstolo Paulo diz que toda obra que é feita sem ter fundamento em Jesus será queimada, como madeira, feno ou palha. Isso significa que tudo o que é feito sem Cristo, inclusive a nossa adoração a Ele, não permanece. Por mais bonito que seja, rebuscado, reverente, eloquente, preparado...
Eu fiz um post há um tempo atrás chamado "Aprendendo com quem sabe", que fala um pouco sobre isso também.  Se já estamos carecas de saber que devemos buscar em Deus e na sua Palavra a sabedoria que permanecerá eternamente, porque insistimos em buscá-la em homens? Por que as igrejas continuam montando pacotes de regras, conceitos e entendimentos prontos e mastigados, ao invés de levarem seus membros a buscarem tudo isso no Pai? É tempo de cada um de nós conhecer a Deus pessoalmente e parar de viver das experiências e conhecimentos dos outros.

Que Ele tenha misericórdia de nós e que, de fato, a sabedoria dos sábios pereça e a inteligência dos inteligentes desvaneça.

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